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Uma árvore pode viver mais de 3000 anos?

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A dendrocronologia é a técnica que possibilita estimar a idade das árvores através da Contagem dos Anéis de Crescimento Anuais. Trata-se de um método de datação baseado na atividade cambial das árvores, expressa em relação aos processos fisiológicos, tais como a respiração e a fotossíntese, entre outros. Basicamente, consiste em contar o número de anéis de crescimento em seu tronco, sabendo-se que cada anel corresponde a um ano de vida do vegetal. Alguns pesquisadores utilizam igualmente radiocarbonos para datar os períodos relativos de vida dos troncos das árvores mais antigas. A Contagem dos Anéis de Crescimento Anuais, no entanto, possui limitações causadas pelos fatores ambientais, já que os anéis estão relacionados às variações sazonais. Assim, a técnica é mais precisa quando aplicada em espécies de regiões cujas estações são bem definidas, típicas do Hemisfério Norte, onde os anéis de crescimento representam em geral o incremento anual da árvore, e menos efetiva nas regiões tropicais. Nas árvores tropicais, falsos anéis de crescimento ou anéis de crescimento incompletos podem ser originados em decorrência de fatores de estresse ambiental, como secas, geadas, inundações e queimadas, que interferem na atividade de crescimento. O crescimento vegetal está relacionado à disponibilidade de recursos ambientais, tais como água, luz, nutrientes, assim como às interações ecológicas, entre elas a competição. As taxas de crescimento e a longevidade das árvores são altamente variáveis, o que impossibilita uma precisão absoluta em termos de datação. No entanto, algumas espécies podem passar dos 3000 anos!

Alguns exemplos:
Pseudotsuga menziesii: encontrada no Rocky Mountain National Park, no Colorado, possui idade estimada em 820 anos. Pinus albicaulis: Essa espécie de pinheiro, encontrada no Canadá, tem idade estimada em mais de 1100 anos. Sequoiadendron giganteum: A sequóia-gigante, que vive na Califórnia, é datada em 3000 anos. Outras espécies longevas são a Fitzroya cupressoides (mais de 3600 anos) e a Ficus religiosa (2217 anos). Nos Estados Unidos, uma Pinus longaeva chamada "Prometheus" de 4862 anos foi cortada no estado de Nevada em 1964 para pesquisa. A planta mais antiga do mundo foi encontrada em 2004 na Suécia, por pesquisadores da Universidade de Umea. A parte visível da árvore conífera não é antiga, mas suas raízes vêm crescendo há mais de 9550 anos. O tipo de pinheiro é tradicionalmente utilizado em decorações natalinas no continente europeu. No Brasil, a árvore mais antiga é O jequitibá, símbolo dos estados do Espírito Santo e São Paulo. Pesquisas apontam que um exemplar localizado no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, já passou dos 3000 anos de idade. 



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