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Por que uma pessoa é considerada morta quando o cérebro para de funcionar?

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Observando sob o ponto de vista biológico, verificamos que a  morte é  um processo natural que ocorre com  todos os seres vivos, sendo  o último estágio do ciclo da vida,  pois  na natureza, não havendo fatores que impeçam  o perfeito desenvolvimento,  todo  ser vivo nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre.

O que caracteriza um ser como vivo é sua  constituição celular. No organismo humano, assim como os demais seres formados por várias células, as células se unem  constituindo os  tecidos que formam os diferentes  órgãos do corpo, estes trabalharam de forma integrada utilizando susbtâncias químicas e diferentes processos para o desenvolvimento do indivíduo.  A parada desses processos constitui o que chamamos de  morte.

Mas como esta parada de processos vitais pode ocorrer? Quando uma pessoa pode ser considerada morta? 

Em meados do século XVIII, pesquisadores  começaram a discutir esta  questão  pois começaram a ocorrer registros de pessoas que reconhecidas como mortas, após algumas horas, apresentavam sinais de vida. 

Com as pesquisas realizadas pelo médico Eugene Bouchut, em 1846, ficou estabelecido o seguinte critério para determinação da morte de um indivíduo: Deve-se observar, durante 10 minutos, 3 sinais da morte – ausência da respiração, dos batimentos cardíacos e da circulação. Este critério passou então, a ser adotado pela comunidade médica para evitar os casos de enterro de pessoas vivas.

Porém, já no início do século XIV foi observado pelo legista Paul Brouardel que em pessoas que haviam sido decapitadas, seus corações continuavam a bater por um certo período mas logo parava,  ou seja, havia o corpo, mas sem cabeça, onde estão os comandos do organismo, rapidamente  o corpo todo perde as funções. Portanto, concluiu-se  que a morte não era uma questão de coração e pulmão,  mas sim de sistema nervoso central.

Como podemos perceber, determinar a morte é assunto complexo,  por essa razão, em 1968, um comitê foi formado na Universidade de Harvard para estabelecer critérios mínimos de morte a ser adotado pela comunidade médica. O grupo determinou que a parada total e irreversível das funções encefálicas (morte cerebral)  equivale à morte total. O motivo é que as lesões  da região do encéfalo são irrecuperáveis pois danificam as células que permitem os movimentos voluntários (movimentos do corpo, fala, etc.) e involuntários do corpo (respiração, circulação, excreção, etc.). A pessoa fica inconsciente para sempre.

As máquinas a que pessoas com diagnóstico de morte cerebral ficam “ligadas” permitem, artificialmente, os movimentos do coração, respiração, etc. mas ao serem retiradas destas máquinas o corpo desfalece pois não há comando cerebral.

O objetivo de deixar pessoas com morte cerebral ligadas a aparelhos é para obtenção de tecidos e órgãos viáveis para transplante, a retirada destas estruturas  deve ser feita rapidamente para que possam ser transplantados, lembrando que este procedimento só pode ser realizado se o indivíduo for doador de órgãos ou os responsáveis autorizarem.

 

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