O sistema respiratório humano realiza a função importantíssima de transportar o oxigênio presente no ar para o interior de nosso organismo. As cavidades nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os pulmões constituem este sistema. Uma lesão em qualquer destas estruturas pode ser fatal.
Pessoas expostas à fumaça oriunda da combustão de qualquer tipo de material podem apresentar diversos distúrbios no organismo. Isto ocorre porque a fumaça carrega substâncias tóxicas que podem causar injúria do trato respiratório pelo calor do ar inspirado, asfixia por falta de oxigênio e irritação direta da árvore pulmonar pelas substâncias químicas inaladas.
O ar muito aquecido, ao ser inalado, queima as vias aéreas e pode causar edema. Este edema obstrui a passagem do ar para os pulmões e a pessoa pode morrer por asfixia, ou seja, o oxigênio não consegue entrar nos pulmões. A asfixia também pode ocorrer devido à diminuição na concentração de oxigênio do ar. Sem oxigênio não há como as células trabalharem.
A inspiração de substâncias tóxicas na fumaça, como monóxido de carbônico e cianeto também pode provocar asfixia. O monóxido de carbono e o cianeto ligam-se mais rapidamente às hemoglobinas do que o oxigênio. Dessa forma, o oxigênio não chega até as células.
O cianeto é uma das substâncias mais venenosas que se conhece. Gases de cianeto são produzidos a partir da combustão de materiais como lã, seda, poliuretanos, poliacrilonitrilas, náilon, resinas de melamina e plásticos.
Além destas substâncias há outras que são irritantes da mucosa do sistema respiratório que podem ser encontradas em grande concentração nas fumaças. São, por exemplo, o dióxido de enxofre, amoníaco, cloreto de hidrogênio e cloro. Estas substâncias, quando em contato com as mucosas do sistema respiratória, provocam reação inflamatória, levando à extravasamento de líquidos, formação de edemas, produção de muco, descamação do epitélio, morte celular e necrose do tecido pulmonar.