Como se formam as auroras boreal e austral?

Quando desejamos ter um momento só nosso, muitas das vezes viajamos para o campo, fugindo do barulho e das luzes da cidade e, em um breve intervalo de tempo a noite vislumbramos o céu estrelado, suas galáxias e estrelas cintilando. Agora imagine que você viajou para um lugar onde nesta noite, lá no horizonte percebemos uma luz esverdeada bem clarinha, criando arcos no céu! O tempo passa e novas cores vão surgindo, como se fossem rajadas coloridas de vento, aparecendo agora na parte inferior tons de vermelho movendo-se rápido neste balançar do “vento”. Começa então a surgir tons de violeta, azuis e diversos pontinhos brilhantes no horizonte, enchendo toda a paisagem. Mas como nada é para sempre, depois de um tempo as cores vão desaparecendo e o verde volta a surgir. O texto acima nos remete a um assunto por muitas vezes “misterioso”: a aurora! Ela é chamada boreal quando ocorre no Norte e austral quando ocorre no Sul do nosso planeta. Antes de entendermos sobre as AURORAS, precisamos compreender alguns fatos que ocorrem ao redor do nosso planeta TERRA.

Campos magnéticos Existem muitas “coisas” que não podemos ver, dentre elas os gases e o campo magnético que circundam o nosso planeta. Talvez você já tenha feito a experiência de juntar limalha de ferro com um imã criando vários padrões de curva. De maneira parecida, o campo magnético do nosso planeta é como se fosse um imã gigante criando linhas de campo forte quando estão perto e linhas de campo mais fracas quando estão mais distantes deste “imã”. Já falamos de duas “coisas” invisíveis, vamos agora falar do plasma que fica também ao redor do nosso planeta em grupos grandes e pequenos de partículas carregadas. Como existem partículas carregadas positivamente e outras negativamente, então acaba existindo um fluxo delas que “viaja” ao longo das linhas do campo magnético, indo e vindo. Estas partículas carregadas é que acabam sendo o “combustível” das nossas auroras. Destas partículas carregadas, principalmente os elétrons (negativas) acabam acelerando-se ao longo das linhas de campo na atmosfera superior e chocam-se com os átomos dos gases liberando assim energia e luzes. Mas a resposta não é tão simples, existe ainda o Sol, que é um “ator coadjuvante” com o seu vento solar. O Sol também possui um campo magnético e partículas carregadas. Este movimento recebe o nome de vento solar, e acaba interferindo no campo magnético do nosso planeta, empurrando e “deformando” o nosso campo ( não se assuste, é algo natural!). Durante o dia o campo magnético da Terra se comprime, pois o vento solar empurra o nosso campo, esticando em algumas direções e criando então os padrões e arcos das nossas auroras. Esta tensão acaba empurrando os elétrons para os pólos magnéticos, acelerando-os com grande velocidade até o momento que eles, em grande número, são empurrados para a nossa IONOSFERA se chocando com os gases. Esse movimento libera energia e luzes e resulta em um anel oval em torno de cada pólo magnético ocorrendo então as auroras. 

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