Saúde

Vacina contra HPV

Vale a pena vacinar contra HPV?

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Conhecido pela abreviação inglesa “HPV”, o Papiloma Vírus Humano é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo. Com mais de cem tipos de vírus, transmitidos sexualmente, o HPV é responsável por cânceres de colo de útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe. Além disso, é também responsável pelas verrugas genitais conhecidas como condiloma acuminado. 

Na  maioria das vezes, o vírus do HPV é eliminado espontaneamente pelo organismo, mas quando isso não acontece esses vírus provocam lesões de alto risco nos órgãos genitais, que podem evoluir lenta e silenciosamente para um câncer. Estima-se que 50% da população sexualmente ativa já tenha sido infectada por algum tipo de HPV. 

Não precisa necessariamente ocorrer penetração na relação sexual para se estar exposto aos vírus HPV. A transmissão pode se dar pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada durante as carícias. Assim, nem mesmo o uso de preservativo assegura a proteção.

O HPV infecta o tecido epitelial de ambos os sexos, mas as mulheres sofrem danos maiores e mais frequentes. O câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre as brasileiras, atrás apenas dos cânceres de mama e de colorretal, e o segundo mais frequente no mundo.

Por tudo isso, a vacina contra o HPV, criada na Austrália, em 2006, foi rapidamente incluída em programas de imunização de mais de 50 países, como estratégia de saúde pública.
Nos Estados Unidos, observou-se uma redução de 60% de infecções pelos vírus de HPV sobre os quais a vacina atua. Na Austrália a redução foi de mais de 90% nos casos de verrugas genitais nas mulheres da faixa etária incluída no programa de vacinação.

Quanto mais cedo vacinar melhor

A época ideal para administrar qualquer vacina é antes da exposição à infecção. Portanto, as vacinas HPV serão mais efetivas se administradas anteriormente ao início da atividade sexual. Daí as campanhas de vacinação contra o HPV terem como público-alvo adolescentes e pré-adolescentes a partir dos nove anos de idade. A resposta imunológica em adolescentes e pré-adolescentes menores de 15 anos é considerada excelente, confirmando um pico de anticorpos em meninos e meninas na faixa de 9 a 13 anos. 

A vacina contra HPV recebe apoio de Instituições Médicas representativas, como a  Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunização e a Organização Mundial da Saúde, sendo considerada importante sua aplicação tanto em meninos quanto em meninas a partir dos nove anos de idade. 

A vacina protege os meninos contra os cânceres de pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais. Como eles são os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receber a vacina estão colaborando com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres.  

Vacinar os jovens contra doenças infectocontagiosas é um dever dos pais e não tem influência na decisão de seus filhos virem a ter ou não atividade sexual precoce. Um exemplo é a Hepatite B, uma doença transmitida por via sexual cuja vacina é aplicada em todos os bebês no momento do seu nascimento, ainda na maternidade.  

Sobre a vacina

Há dois tipos de vacinas contra o HPV: a bivalente, composta por dois vírus de alto risco (16 e 18) e a quadrivalente, composta por quatro vírus, 16, 18, 6 e 11 – os dois últimos causadores das verrugas genitais em 90 % dos casos. 

No Brasil, o Ministério da Saúde adotou a aplicação gratuita da vacina quadrivalente, em 3 doses: 0, 6 e 60 meses. O principal efeito colateral é a dor no local da aplicação. Febre e mal-estar nos primeiros dias até podem ocorrer, mas são pouco comuns. Os desmaios estão associados à ansiedade e à dor, e ocorrem  principalmente em adolescentes que têm medo de agulhas.  

É bom lembrar que nenhum meio de prevenção é  100% seguro. A vacina é mais uma ferramenta de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis que se junta à camisinha e a exames preventivos periódicos. Todo jovem que começa a ter atividade sexual precisa ser orientado pelos pais sobre as formas de proteção à sua saúde. 



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