Saúde

Fibromialgia

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A fibromialgia, além de trazer transtornos como fadiga, dores difusas pelo corpo e perturbação do sono, faz suas vítimas padecerem com a incompreensão e o preconceito alheio. Eternamente cansadas e indispostas, com dores crônicas que não conseguem localizar com precisão, as pessoas acabam provocando a impaciência dos familiares, amigos e colegas de trabalho, que atribuem as queixas a questões psicológicas.

Desconhecida até pouco tempo, a fibromialgia é uma síndrome com diversas manifestações clínicas, como dor, fadiga crônica, indisposição, sono não restaurador, formigamento nas mãos e nos pés. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as mulheres são as mais atingidas: uma proporção de vinte para cada homem. A doença pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum entre 40 e 60 anos.  

O termo fibromialgia faz referência à dor generalizada e crônica da doença, que é uma forma de reumatismo associada a uma maior sensibilidade do indivíduo a estímulos dolorosos. O termo reumatismo se justifica porque a fibromialgia envolve músculos, tendões e ligamentos, mas não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de sequelas. Assim, sem rastros visíveis, os contínuos queixumes dos pacientes ficam desacreditadas, no entanto, a fibromialgia prejudica a qualidade de vida e o desempenho profissional.

Origem ainda desconhecida

É mais difícil pesquisar a cura quando não se sabe com precisão a causa de uma doença. No entanto, os cientistas já dominam algumas informações: quem sofre de fibromialgia tem menos serotonina (neuro-transmissor que regula a sensação de dor) do que as outras pessoas; há indícios de uma falha no sistema nervoso central, que deixaria os portadores da síndrome mais sensíveis a dores, sons e estímulos sensoriais; esses pacientes também apresentam um distúrbio que encurta a fase de sono profundo, provocando fadiga e hipersensibilidade.

Filhos de fibromiálgicos têm mais chances de desenvolver a doença, mas os pesquisadores ainda não sabem se o fator de risco é o estilo de vida da família ou a genética.

O estresse físico e emocional, sedentarismo, mudanças hormonais, como a menopausa, e doenças infecciosas podem funcionar como gatilhos para os sintomas.

A dor é o grande motivo da ida aos médicos e é descrita de diversas maneiras: “pontada”, “queimação”, “sensação de peso”, entre outras. Alguns pacientes localizam a dor nos músculos, outros nas articulações ou ainda nos ossos ou "nervos".

Diagnóstico e tratamento

Uma vez que ainda não existe exame laboratorial que comprove a doença, o diagnóstico tem de ser feito a partir dos sintomas relatados pelo paciente e de um exame clínico que mede a sensibilidade à dor em 18 pontos espalhados pelo corpo.

Para ser diagnosticado como fibromiálgico, deve haver queixa de dor difusa por mais de três meses, de distúrbios no sono e de sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico.

Tal como outras dores crônicas, o tratamento mais eficaz é multidisciplinar. Em parte medicamentoso, com uso de antidepressivo para aumentar a vida útil da serotonina e de analgésicos leves para momentos críticos.

Os exercícios físicos de baixo impacto (sobretudo caminhadas ou natação) aumentam a produção da endorfina e melhoram a oxigenação muscular e ainda a qualidade do sono, diminuindo a fadiga. Mas é preciso persistir e ter acompanhamento médico adequado pois nos três primeiros meses de atividades físicas a sensação de desconforto pode piorar.

Alongamentos também aliviam a sensação de dor provocada pela contração muscular excessiva. A acupuntura melhora a qualidade do sono, além de estimular a produção de serotonina e endorfina que combate a depressão e a ansiedade.

A redução de situações de estresse,  com pequenas pausas de descanso ao longo do dia ajudam a evitar a fadiga. Ioga, meditação, massagem e hidroterapia (a água também ameniza a dor) relaxam e ajudam o paciente a vencer o desconforto da doença.  

 



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