Saúde

Ebola: o risco para a humanidade

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Desde dezembro de 2013, uma doença vem trazendo medo à humanidade, principalmente no continente africano. Sorrateiramente, o vírus ebola já dizimou mais de 2,5 mil pessoas na África naquela que já é a maior epidemia da história da doença. Ao contrário das outras ocorrências, desta vez o ebola ganhou algumas das capitais do continente e passou a ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma ameaça mundial.

 

A preocupação da OMS não é para menos. Cinco países africanos já foram vítimas do ebola - Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal - e os números de mortes não param de aumentar. Sete em cada dez doentes morrem por causa do vírus, sendo que 75% destes são do sexo feminino. As enfermeiras estão entre as principais vítimas entre os funcionários da área de saúde que estão trabalhando para conter a epidemia.

 

O vírus do ebola passa a maior parte do seu tempo hospedado nos morcegos que vivem nas florestas africanas. Esses morcegos servem de alimento para muitos povos da região, e as pessoas se contaminam após comê-los. A partir de então, a doença é transmitida pelo contato com as secreções do corpo de um paciente infectado. A maioria dos doentes morre em 12 dias e mesmo os corpos são altamente contagiosos, requerendo cuidados especiais.

 

Os primeiros sintomas do ebola podem surgir de dois a 20 dias após a exposição ao vírus. Olhos avermelhados e erupções cutâneas estão entre os primeiros sinais de contaminação por ebola, com as vítimas podendo também sentir febre, dores musculares, fraqueza corporal, inflamação na garganta e dores de cabeça. Com o agravamento do quadro, o paciente pode ter vômitos, diarreia, problemas hepáticos e renais, além de sangramentos interno e externo.

 

Expectativa pela cura

 

A primeira aparição do ebola que se tem notícias foi em 1976, quando o vírus foi identificado em surtos simultâneos no Sudão e no Congo, em uma região próxima ao rio Ebola, que batizou a doença. Segundo a organização não-governamental Médicos sem fronteiras (MSF), existem atualmente cinco espécies do vírus ebola, denominadas  Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, locais onde cada cepa foi descoberta. Destas quatro cepas, apenas uma, a Reston, ainda não tem casos de morte entre os infectados.

 

Enquanto os pacientes que vão surgindo são tratados, a OMS cuida também para evitar que a doença se alastre, podendo levar a uma epidemia incontrolável. Em muitos países da África, os aeroportos estão sendo monitorados e todos os passageiros passam por exames antes de serem liberados para embarque. Medidas extremas também estão sendo tomadas pelos países envolvidos, como é o caso de Serra Leoa, onde o governo local decretou confinamento de quatro dias da sua população para conter a propagação do vírus.


No meio de tantos problemas, uma boa notícia pode ser o primeiro indicativo de que o ser humano vai reverter essa guerra. Laboratórios pelo mundo trabalham para encontrar uma vacina contra o ebola, e um laboratório norte-americano anunciou a produção de um coquetel de anticorpos que servem no tratamento do ebola.


Esse coquetel foi usado na cura de três pacientes e já foi aprovado pela OMS para uso no combate à doença, embora tenham sido poucos os testes em seres humanos. De qualquer forma, esse remédio é uma gota de esperança em mais um cenário devastador que aflige a África.

 



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