Saúde

Diabetes infantil

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A diabetes atinge mais de 380 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes.  No Brasil, quarto país no ranking com mais casos, há cerca de 13 milhões de portadores, sendo um milhão são crianças, de acordo com a Associação de Diabetes Juvenil. 

O que é essa doença? 
 
O Diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar (glicose) no sangue. É definida cientificamente como sendo um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia.
 
O nosso organismo, ensina a endocrinologista Neuza Miklos, especialista também em diabetes infanto-juvenil, transforma em açúcar os alimentos que comemos. A insulina, que é um hormônio fabricado pelo pâncreas, ajuda no transporte do açúcar, que está no sangue, para dentro das células do corpo, onde será usado como energia.

E a médica destaca dentre as várias causas do diabetes: “o corpo não produz insulina ou não produz o suficiente para manter níveis adequados de glicemia, ou a insulina produzida não funciona adequadamente”.

"O diabetes tipo1 (DM1), também chamado de diabetes infantil ou insulino-dependente, corresponde a 5% a 10 % dos casos, e é o resultado da destruição das células beta pancreáticas produtoras de insulina.

O diabetes tipo 2 (DM2), também chamado de diabetes do adulto, corresponde a 90% a 95% dos casos, caracteriza-se por defeitos na ação e na secreção de insulina. É mais comum em pessoas com excesso de peso e normalmente incide na faixa etária acima dos 40 anos.

O diagnóstico do diabetes é feito quando os níveis de glicemia de jejum ultrapassam 126 mg/dl em duas dosagens de sangue ou glicemia casual maior que 200mg/dl. Os sintomas clássicos são urinar em excesso, ingerir muita água, comer muito e perder peso”.

No tratamento de crianças e adolescentes com Diabetes mellitus Tipo 1, a insulina é sempre necessária, devendo ser instituída assim que for feito o diagnóstico, afirma a especialista. “O crescimento físico e a maturação, nesta fase da vida, tendem a modificar as respostas fisiopatológicas do diabetes, bem como interferir no tratamento, daí a necessidade de se manter um controle da glicose de forma estrita desde o diagnóstico para se reduzir o risco de complicações”, recomenda. 
 
O fator obesidade 
 
Além do tratamento com a insulina, o planejamento e engajamento familiar, a atividade física regular e a dieta são imprescindíveis para um bom controle do diabetes.
 
Em crianças e adolescentes, os planos alimentares devem ser individualizados e flexíveis de acordo com as doses de insulina, horários das refeições, atividade física e situações de variação do apetite. 
 
O exercício físico é importante porque reduz os níveis de açúcar no sangue por maior captação de glicose pelo tecido muscular.
 
A endocrinologista ainda ressalta: “É  importante acrescentar que nos últimos anos vem ocorrendo um aumento na incidência do DM2 em crianças e adolescentes, predominando na faixa etária próxima aos 13 anos, onde a obesidade está presente em cerca de 80% dos casos, com obesidade mórbida em cerca de 40 % deles. As causas são aquelas relacionadas ao excesso de peso: resistência à ação da insulina fabricada pelo corpo, aumento da produção de glicose no fígado e diminuição da secreção de insulina pelo pâncreas.

Isto pode estar associado ou não a aumento da pressão arterial e dos lipídeos (colesterol e triglicerídeos) nestes jovens. E pode estar diretamente relacionado à falta de exercícios físicos e à  alimentação inadequada como os fast-foods
”.



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