Conjuntivite

Todo tempo é tempo de conjuntivite, mas no verão, como agora, são mais comuns as epidemias. Ardência, secreção, vermelhidão, coceira nos olhos e dor são os sintomas que anunciam a inflamação da conjuntiva, que é a membrana que reveste o “branco” do olho e produz o muco que o lubrifica.

Embora o tratamento seja simples e, na maioria dos casos, o problema se estender de poucos dias a no máximo duas semanas, é preciso buscar orientação médica, para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado. Alguns colírios são altamente contra-indicados porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Por que acontece?

Basicamente, existem cinco tipos de conjuntivite:

Irritativa – causada por agentes químicos, como cosméticos, cloro de piscina, sabonetes, produtos de limpeza e até poluição do ar;

Alérgica -  causada pela sensibilidade individual ao agente alérgeno;

Bacteriana – causada por bactérias como pneumococos, streptococos, etc, que podem ser transmitidos pelas mãos, toalhas, cosméticos (especialmente, maquiagem para os olhos), etc;

Viral – causada pelo adenovírus, o mesmo da gripe. Este é o tipo mais grave, por ser demorada e ter riscos de sequelas;

Fúngica – causada por fungos (muito comum entre os usuários de lentes de contato).

O tratamento varia com o tipo de conjuntivite. Pomadas ou colírios podem ser recomendados para acabar com a infecção, aliviar os sintomas da alergia e diminuir o desconforto. Mas, na maioria dos casos, a cura ocorre espontaneamente em poucos dias.Compressas de água gelada filtrada ajudam a aliviar os sintomas.

As conjuntivites bacteriana e viral são contagiosas. Nesses casos os olhos doem, além de secretarem um líquido purulento. Para evitar a propagação, deve-se ter cuidados especiais com a higiene e evitar o contato com outras pessoas.

Para ajudar o tratamento da conjuntivite, recomenda-se lavar as mãos com frequência, inclusive depois do uso de colírios e pomadas, não colocar as mãos nos olhos para evitar a recontaminação e diminuir a irritação da área, evitar a exposição a agentes irritantes como fumaça ou alérgenos e o pólen, e não usar lentes de contato enquanto estiver com a inflamação.

Prevenir conjuntivites não é fácil, embora algumas medidas possam ajudar a diminuir o risco de contrair a doença, como, por exemplo, evitar compartilhar toalhas de rosto, maquiagens, lavar as mãos com frequência, usar óculos de mergulho para nadar  ou de proteção para trabalhar com produtos químicos, evitar mergulhar em piscinas sem cloro ou lagos. 

Mas uma coisa é certa, evite a automedicação. Se, após os primeiros dias, o uso de compressas de água fervida ou filtrada gelada não tiver resolvido, procure o médico.

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