Saúde

Brasileiro prefere tomar banho a lavar as mãos

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Graças à herança cultural de origem indígena, nós, brasileiros, fomos consagrados campeões em higiene corporal num ranking de dez países. Segundo a pesquisa, tomamos em média 19,8 banhos por semana - o que representa quase três por dia - muito acima do segundo colocado - os russos - que tomam, em média, 8,4 banhos por semana.

Em compensação, perdemos feio em relação à limpeza das mãos, onde ficamos atrás de italianos, franceses, russos e britânicos, conforme revelou a pesquisa encomendada por um fabricante de produtos antibacterianos, a Reckitt Benkiser.

Dentre os cerca de mil brasileiros entrevistados, oriundos de diversas camadas sociais, os resultados surpreenderam: só 11% lavam as mãos antes de alimentar as crianças; 49% limpam as mãos depois de usar o banheiro; 46% antes de preparar a comida e 21% depois de tocar em animais.

Nossa melhor performance ocorreu durante a campanha contra o vírus H1N1. Além das famílias aumentarem os cuidados em casa, muitas empresas e escolas instalaram pontos com álcool gel em áreas de grande fluxo de público e o resultado se tornou visível com a queda, na ocasião, de casos de diarreia, conjuntivite e infecção hospitalar. Mirando o controle do vírus H1N1, a campanha acabou reduzindo a propagação de várias outras doenças.
 
Um hábito a se cultivar

Dados da Organização Mundial de Saúde - OMS indicam que grande parte das pessoas não lava as mãos rotineiramente por preguiça ou ignorância. Na pesquisa realizada para o fabricante de produtos antibacterianos, 53% dos brasileiros entrevistados informaram ignorar a existência de germes.

Para incentivar a população mundial a fazer esta higiene adequadamente, a OMS lançou, em 2009, a campanha “Salve vidas: limpe as suas mãos”. A instituição recomenda lavar as mãos depois de ir ao banheiro, mexer em dinheiro, antes de preparar e de comer a refeição e, ainda, quando chegar em casa.

Também é preciso lavá-las após tossir e espirrar quando se estiver gripado. O sabão, de preferência, deve ser líquido, já que o sólido pode virar esconderijo de micro-organismos. Outra alternativa é desinfetar as mãos com gel ou espuma à base de álcool.

O receio de que, passado o susto do H1N1, a população relaxe a prática de lavar as mãos rotineiramente, e o assunto seja tratado como coisa de hipocondríaco, se confirma no dia a dia.  Afinal vírus, fungos e bactérias são seres tão minúsculos que se resiste a acreditar na existência deles.  

Mas, lavar as mãos com frequência é uma forma importante de prevenir doenças infecciosas, já que a mão está em contato com os olhos, nariz e boca, áreas vulneráveis a ataques de vírus e bactérias. Desse jeito, pode-se evitar a transmissão de doenças como hepatite A, gripes, conjuntivites, rota-vírus e parasitoses. No ambiente hospitalar, lavar as mãos pode prevenir que infecções se espalhem entre os pacientes. 

Não basta sermos campeões de higiene corporal, precisamos ser referência  também na higienização das mãos para garantir saúde individual e coletiva.


 

 

 



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