Papo Sério

Quando o apelido não agrada

Implicância ou prova de amizade?

A  A  A     

 

Alguns são baseados em características do corpo (orelhas de abano, nariz grande), outros referem-se a hábitos (“Soneca”, para os dorminhocos) e existem até aqueles criados devido à semelhança física com pessoas famosas... Estamos falando dos apelidos, uma prática saudável, mas que deve ser levada a sério em alguns casos, quando é usada não por diversão e sim para atingir ou magoar outras pessoas.

A infância e adolescência são as épocas onde os apelidos são mais comuns, e alguns deles são tão bem bolados que chegam a durar a vida inteira. Já viu como seus pais têm alguns amigos que são conhecidos pelo apelido e não pelo nome verdadeiro? Pois é, são pessoas que certamente os conheceram ainda quando crianças e foram “batizadas” assim.

Em geral, a brincadeira começa dentro de um grupo de amigo(a)s, e na maior parte das vezes é bem aceita por todos. O apelido, mais do que uma forma de implicar com o outro, torna-se uma prova de amizade verdadeira e restrita a algumas pessoas. É como se apenas os mais chegados e queridos pudessem usá-lo.

Toda turma quase sempre tem alguém apelidado de “Cabeção” ou “Baixinho”, por exemplo. Esses apelidos em geral são bem aceitos, tornando a brincadeira saudável para todos. No entanto, chamar alguém de “Narigudo” ou “Pinóquio” e “Orelhão” já é diferente. Aqui, mais do que uma brincadeira existe também uma crítica sutil ao fato da pessoa ter uma parte do corpo que chame mais atenção. Apesar dos meninos usarem a prática em número muito maior do que as meninas, elas sentem-se mais atingidas com um apelido pejorativo.

E o pior: ainda que as brincadeiras sejam de mau gosto e não representem a realidade, principalmente com as garotas a situação pode trazer aborrecimentos e durar até a fase adulta, quando muitas mulheres procuram ajuda para resolver traumas de infância relacionados a brincadeiras do tempo de colégio.

As crianças ou adolescentes, obviamente, não sabem deste perigo a longo prazo, e só querem brincar e zoar com seus colegas. Mas já deu para perceber que tudo deve ter um limite, né? Se você foi apelidado ou quer chamar alguém por um apelido, fique ligado nessas dicas:

- Por mais engraçado e divertido que seja, chamar alguém pelo apelido pode magoar a outra pessoa. Ninguém gosta de ser conhecido por uma característica do corpo, então observe as reações do alvo das brincadeiras. Se a pessoa ficar irritada ou triste, é bom pensar duas vezes antes de chamá-la pelo apelido.

- Às vezes o apelido é usado de forma agressiva, principalmente quando há vontade de implicar com a “vítima”. Evite esse comportamento, e caso você seja o alvo, use a conversa para mostrar o quanto a brincadeira é inconveniente, deixando bem clara sua insatisfação. Mas não fique nervoso ou brigue com quem o apelidou: na maioria das vezes, esta é a intenção de quem quer implicar com você.

- Se o apelido é apenas para as pessoas mais íntimas, guarde-o em segredo. Nada de chamar a(o) namorada(o) em público da mesma forma que você faz quando estão sozinhos.

- Ao criar ou usar um apelido pejorativo para chamar alguém, lembre-se sempre: você gostaria que fizessem o mesmo com você?



compartilhe em: Twitter Facebook Windows Live del.icio.us Digg StumbleUpon Google

EDUCA

O seu portal de ensino online.

CONTATO

4002-3131

regiões metropolitanas

08002830649

demais regiões