Miguel tinha 18 anos quando descobriu que sofria de um tipo de câncer avassalador. Uma dor perto das costelas começava a lhe incomodar e a dificultar sua respiração. A ida ao médico pegou todos de surpresa, inclusive seus pais, que também são médicos.
Uma vida cheia de atividade física teve que ser interrompida repentinamente, exigindo uma série de sacrifícios e experiências que Miguel não estava acostumado. Mas as mudanças não vieram só para ele e sua família, os amigos também participaram e foram fundamentais na travessia e superação desse período difícil.
Seus amigos estiveram presentes em momentos particularmente especiais como sessões de quimioterapia e se revezaram nas doações de sangue e até de plaquetas. Se algum deles tinha uma má lembrança da picada da agulha não deu a perceber e, certamente, acabou descobrindo que a lembrança da “agulhada” é muito pior do que a própria “agulhada”, pois, hoje, os agentes coletores de sangue têm mais “manha” de fazer o serviço sem dor do que sempre tiveram. Pode crer!
Quando se é jovem e se tem saúde e uma existência protegida pela família, não passa pela cabeça que a doença é um infortúnio a que todos nós estamos sujeitos, independente da raça, cor, idade ou condição social. Mas, enquanto estamos saudáveis podemos contribuir para o tratamento e cura dos que precisam de sangue, o que é MUITA GENTE!
Portanto, não espere um amigo adoecer para fazer a doação, pois há todos os dias nos hospitais muitos anônimos precisando de sangue para se tratar e até sobreviver.
Há riscos?
Quem doa sangue não se arrisca a adquirir doenças pois o material utilizado na coleta é descartável e o sangue retirado também é reposto naturalmente pelo próprio organismo. As mulheres podem doar sangue a cada 90 dias, somando até três doações anuais, enquanto os homens podem doar a cada 60 dias, somando até quatro doações anuais.
O que é necessário para ser um doador de sangue?
Primeiro é preciso estar saudável, ter de 18 a 65 anos e pesar mais de 50Kg. Outras exigências são que o doador não use drogas, não tenha comportamento de risco que o torne vulnerável a doenças sexualmente transmissíveis e que não tenha feito tatuagem recentemente.
No hemocentro, o candidato a doador passa por uma triagem clínica, onde vários aspectos da sua saúde são levantados. É muito importante que as perguntas do médico sejam respondidas com sinceridade para uma avaliação correta sobre sua aptidão para doar sangue naquele momento. É ainda tirada a temperatura, feita a pesagem e o teste de anemia, para verificar se há desconformidades com os padrões de segurança (peso menor que o recomendado, ligeira anemia, ligeira febre). Todos esses cuidados têm o objetivo de preservar a saúde do doador e do paciente que receberá o sangue doado.
O processo demora cerca de duas horas. E o que representam duas horas quando você pode estar ajudando uma pessoa a viver muito, mas muito mais do que isso? Por isso diz-se que doar sangue é um ato de amor.
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