Papo Sério

As emoções da asa delta

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Rafting, rapel, bungee jump, parapente... Estas modalidades têm atraído cada vez mais pessoas em busca de passatempos radicais, principalmente durante viagens. A busca pela adrenalina e a sensação de medo controlado são alguns fatores citados pelos praticantes, que levam na memória e em fotografias o registro dos momentos passados em “perigo”.

O voo com asa delta também tem ganho muitos fãs ultimamente. Famoso no Brasil desde a época de Pepê Lopes, que tornou-se campeão mundial da modalidade em 1981, ele atrai interessados de todas as faixas etárias, mas é nos mais novos que desperta maior atenção.

Ao contrário do que muita gente pensa, a sensação não é de queda livre, como acontece no bungee jump ou na montanha-russa, mas sim de tranquilidade, que vai aumentando à medida que o tempo passa. O voo suave, além de proporcionar visuais belíssimos, também é uma ótimo remédio para a mente, e faz qualquer um esquecer dos problemas quando está lá em cima.

A praia do Pepino, em São Conrado, Rio de Janeiro, é considerada um dos melhores points do mundo para a prática do esporte. É por lá que trabalha Ricardo Hammond, instrutor da Delta Flights e que faz voos que saem da Pedra Bonita e descem na praia, terminando o passeio com uma confraternização à beira-mar com água de côco. Segundo ele, os menores de 18 anos podem voar apenas com o consentimento dos pais, que assinam um termo de responsabilidade. Apesar de rotulado como radical e visto como uma diversão restrita a poucos, a partir de 8 anos já possível fazer os voos. E não são poucas as crianças interessadas na aventura, que chegam dispostas a voar com pais, irmãos e até sozinhas, apenas com o instrutor!

O medo é natural

E o medo, como fica nesta história? Ricardo diz que é natural sentir medo, e acrescenta que muitas pessoas chegam até o ponto de partida assustadas e receosas, mas após apreciarem o visual e conhecerem as condições de voo decidem finalmente voar. Além disso, as condições do tempo também influenciam muito: “Quando os ventos estão fortes ou desfavoráveis, não realizamos os passeios”.

O medo faz parte do programa. Ninguém consegue ficar alheio à altura e às sensações desconhecidas durante o voo, mas ele passa rapidamente à medida que o momento de pular se aproxima. No entanto, caso você sinta-se mal ou esteja realmente indisposto, não adianta forçar a barra. O objetivo é divertir-se, e não sofrer.

Voando sozinho Para quem quer começar a voar sozinho, a dica são os cursos preparatórios. O começo é básico, com aulas onde você aprende no chão a segurar a asa e apoiá-la no corpo. Com o passar do tempo e consequente desenvolvimento, passa-se a treinar em morros pequenos, e logo chegam os saltos de alturas médias, como 150 metros.

Quando o domínio sobre a asa estiver assegurado, o instrutor deve conduzir o aluno por 5 voos individuais, monitorando-o por rádio. A partir daí o aluno não poderá utilizar mais o equipamento da escola (asa, capacetes, rádio, cinto, etc) como estava fazendo, e deverá adquirir o seu próprio. O gasto varia de acordo com a idade do material (os novos obviamente são mais caros), mas fica em torno de R$ 3.000,00, com peças usadas.

Após estes 5 voos, outros 5 obrigatórios (exigência da ABVL) deverão ser realizados para checagem. Então o instrutor deverá encaminhar a documentação do aluno para a instituição, que lhe concederá o Certificado de Piloto Desportivo (CPD).

Vale lembrar que as aulas devem ser feitas apenas em instituições credenciadas pela ABVL ( Associação Brasileira de Voo Livre) e com experiência comprovada. Em voo livre não podem haver falhas.

Links relacionados:

Associação Brasileira de Vôo Livre
Delta Flight

 



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