Nutrição

Margarina ou manteiga?

Como substituir estas opções quando não se pode consumi-las.

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Por Maribel Gonçalves de Melos

A manteiga, por ser derivada do leite de vaca, é um produto animal. Fornece gordura saturada que, se for consumida em excesso, pode provocar aumento nas taxas de colesterol. Contém CLA (Ácido Linoleico Conjugado) e os estudos realizados, quase sempre em animais, têm sugerido que o CLA possui ação anticancerígena, antiaterogênica (dificulta o depósito de placas de Ateroma nas artérias, uma vez que melhora o perfil lipídico do sangue), antidiabetogênica (reduz as taxas de açúcar no sangue de Diabéticos Tipo II). O CLA também está relacionado a alterações na composição corporal, uma vez que levaria ao aumento da massa muscular e à redução do percentual de gordura.

Mas, estes estudos não foram comprovados em humanos. A manteiga é o tipo de gordura mais natural disponível atualmente, mas apresenta risco de alergia em pessoas suscetíveis. A manteiga deve ser consumida com controle, principalmente, por cardíacos, hipertensos, diabéticos e pessoas com colesterol e triglicerídeos elevados. 
 

 

A margarina, por ser derivada de óleos vegetais, já deveria eliminar o colesterol. Mas para que se tornem sólidos, estes óleos passam por processos industriais que alteram sua composição estrutural, o que modifica sua expressão frente às nossas membranas celulares.

Um dos processos pelo qual a margarina passa é a hidrogenação, que leva à formação de gorduras trans. Nos últimos anos, estudos comprovaram  que as gorduras trans reduzem o bom colesterol (HDL) e elevam o mau colesterol (LDL), o que provocou a restrição de seu uso em diversos produtos alimentícios.
Quanto mais dura for a margarina maior a quantidade de gordura hidrogenada em sua composição.

Uma outra forma de produção de gordura vegetal a partir de óleos é o processo de interesterificação, que consiste em adicionar hidrogênios ao óleo, mas que ficam ocupando diferentes posições na molécula de gordura, ora na posição trans ora na posição cis. Muito provavelmente nossas membranas celulares não reconhecem este tipo de gordura. Como, então, reagem a ela?

Atualmente diversos tipos de margarina são encontrados nos supermercados: sabor leite, rica em cálcio, em ômega 3, em fibras, em fitosteróis e que baixam o colesterol... Todas estas variedades visam a atender um mercado ansioso por novidades e soluções mágicas.

A natureza nos fornece óleos através dos grãos e sementes, mas tudo que for transformado em laboratórios e acrescentado de substâncias químicas não deve ser considerado alimento por nossas células, causando desequilíbrios e doenças. 

Como substituir estas opções quando não se pode consumi-las?

Requeijão cremoso: produzido a partir de leite de vaca, oferece alguns riscos por  conter antibióticos, hormônios e vacinas que as vacas recebem. Podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis à proteína do leite de vaca e a quem tem intolerância à lactose.

Tahine: pasta de gergelim, rica em cálcio, que pode ser adicionada de limão ou mel para formar um creme e ser passada no pão.

Pastas vegetais: preparadas com vegetais (berinjela, cenoura, abóbora) com azeite de oliva e ervas ou à base de tofu (queijo de soja).

Azeite de oliva: experimente passar o azeite no pão e comer com tomate e orégano. Fica maravilhoso e saudável.
 



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