Nutrição

A pressa é inimiga da refeição

O segredo é mastigar bem!

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Nos dias de hoje, é muito comum dividir a hora do almoço com outras atividades, como pagamentos e compras, ou até mesmo para tratar de negócios muitas vezes  “indigestos”. 

Com tantos afazeres, a refeição é feita às pressas, sem se observar o que se come nem a forma como se come. Na verdade, a comida é “engolida” e comumente com a ajuda de muito líquido.

Não é muito diferente pela manhã, antes de enfrentar o trânsito e com hora para chegar no trabalho. As chances de comer com mais calma são maiores à noite, quando não se está fazendo algum curso ou saindo tarde do serviço.

O que a maioria não sabe é que ao “engolir” a comida, praticamente sem mastigar, a pessoa perturba sua digestão, come mais e não consegue se saciar, ou seja, ficar sem fome por um bom tempo.

Uma das conseqüências dessa pressa toda é o sobrepeso, não só porque se escolhe mal os alimentos que vai comer, mas porque se interfere também no processo digestivo, deixando o organismo confuso.

A importância da mastigação

A pressa é inimiga da boa alimentação, pode-se dizer com segurança. Quem mastiga pouco produz pouca saliva e para compensar sua escassez consome muito líquido entre uma garfada e outra, de modo a ajudar a amolecer o alimento e a facilitar sua descida (ou engolida).

Engolindo a refeição com rapidez a pessoa logo se sente cheia, e tem a falsa sensação de saciedade. Tão logo o estômago esvazia, a fome volta, sem mesmo ter passado um tempo razoável depois da última refeição feita.


A verdadeira saciedade é elaborada diligentemente pelo organismo. Após cerca de vinte minutos de mastigação, o cérebro transmite pela saliva a mensagem para o intestino produzir o hormônio PYY.

Enquanto o PYY estiver circulando na corrente sanguínea sente-se saciedade porque sua circulação anuncia ao resto do corpo que o estoque de energia está completo, o que significa parar de comer. Quando o PYY deixa de circular, entra em cena a grelina, substância responsável por abrir o apetite e trazer de volta a vontade de comer. Por isso se diz que a mastigação é a principal forma de domesticar o apetite e de evitar a gula.
 
Ao se mastigar bem, sente-se melhor o gosto dos alimentos e aprende-se a saboreá-los, já que a comida fica mais tempo em contato com as papilas gustativas da língua, que informam ao centro da fome, no cérebro, “que se está comendo”. 

Quem não consegue “esticar” a refeição mastigando com calma cai na armadilha da falsa saciedade. Além de empurrar para dentro  mais comida do que precisa, atrapalha ainda o desempenho do próprio organismo, tendo fome com mais freqüência do que deveria.
 
Exercite-se

Mudanças de hábito exigem esforço e treinamento, por isso durante esse período:

- Prefira comer só, para prestar mais atenção ao que come e como come;
- Reserve pelo menos 40 minutos para a refeição, assim terá tempo para comer com calma;
- Coma salada de verduras e legumes crus cheios de celulose antes do prato quente para exercitar bastante seus dentes. Quando se mistura as folhas com o prato quente tende-se a engolir as verduras ao invés de triturá-las bem;
- Descanse os talheres durante cada garfada para mastigar com tranqüilidade. Só  pegue os talheres novamente quando estiver engolindo o alimento já transformado em pasta.    

Como a mastigação é a partida para o processo de digestão, os benefícios serão sentidos não só na balança,  mas também na saúde e no bem-estar.

 



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