Os golpes virtuais existem desde o início da internet comercial, e ganharam fôlego recente com a popularização do acesso no Brasil. A assunção da classe C, as facilidades para conexão através de lan house e até a popularização dos acessos móveis impulsionaram os crimes eletrônicos a patamares inéditos.
Outro tipo de ambiente também efervescente nos últimos tempos criou mais uma área propícia aos golpes: as redes sociais. Twitter, Orkut e recentemente o Facebook apenas refletem o que já acontecia em fóruns e sites, com o agravante de agora o usuário correr o risco de se tornar vítima e disseminador involuntário dos ataques ao mesmo tempo.
Um exemplo recente aconteceu no Facebook. Quem tem conta nesta rede social certamente se lembra de uma enxurrada de promoções oferecendo iPads gratuitos para quem acessasse determinados eventos ou “curtisse” páginas indicadas, supostamente produzidas pela Apple, fabricante do tablet. O problema é que as páginas eram todas falsas, e com a curiosidade despertada pelo ótimo brinde, muitas pessoas da lista dos amigos acabavam cedendo à tentação e também acessavam os links.
Mesmo após as seguidas negativas da Apple, divulgando que não havia nenhum sorteio ou páginas sobre ele no Facebook, as “curtidas” continuavam sem parar. Após alguns dias, a fabricante conseguiu retirar do ar todas as páginas falas e os eventos que mencionavam o suposto “concurso”.
Outra tática comum para enganar os usuários consistia em enviar de emails com links para determinadas páginas da rede social, todas idênticas às reais do Facebook. A oferta falsa de um iPad 2 exigia apenas o preenchimento de um formulário com dados pessoais, etapa infelizmente cumprida por muitas pessoas.
Como a principal isca destes golpes é o fetiche por novidades digitais, vale ficar de olho agora, após a divulgação do lançamento do novo iPhone.
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