Embora o carnaval não tenha nascido no Brasil, ele foi reinventado aqui e, por isso, ganhou carimbo de brasileiro, com direito a sotaque regional já que cada região do país cria e recria suas folias.
Gostando ou não de Carnaval, nessa época, todo brasileiro vive em função da festa: ou trabalhando para ela dar certo, ou curtindo, ou até fugindo dela!
Para os foliões, não falta diversão. Se um carnavalesco for para uma cidade brasileira diferente a cada ano, ele vai encontrar também uma festa diferente: trios elétricos, frevo, carnaval de rua, blocos, festas de salão, alegorias regionais, desfile de fantasias, desfile de escolas ... e até blocos rebeldes que se recusam a encerrar a festa de Momo e saem na Quarta-feira de Cinzas com a polícia atrás.
No Rio de Janeiro, por exemplo, quem não vai desfilar nas Escolas, mas quer participar ativamente da folia, encontra espaço nos divertidos blocos de rua e nas festas de salão que acontecem em vários clubes da cidade.
Mas quem quiser curtir um sossego, pode ficar em casa ou sair para um cineminha, que não vai ser incomodado. Ao contrário, vai se divertir no caminho com a criatividade e irreverência das fantasias, inventadas por pessoas anônimas que vão brincar nos blocos ou simplesmente dar uma voltinha pela cidade, exibindo um visual inovador.
Tem também os que aproveitam os feriados pra viajar, seja para correr atrás de um carnaval diferente ou para fugir de qualquer som que lembre Carnaval, mas aí tem que ir pro meio do mato mesmo!!
Qual a sua tribo?
Você é dos que fogem ou dos que curtem a folia? Aliás, há muitas maneiras de curtir sem ser dançando e se esbaldando na cantoria. Luis Antonio Notaroberto curte tocar agogô, um instrumento musical simples e antigo, usado no samba e na capoeira. Já teve aulas de como tocar, levado pelo tio, que toca caixa.
Luis diz que adora o Carnaval. Quando não viaja, sai no bloco perto de casa. Gosta de se fantasiar e encontrar os amigos. É tudo uma grande farra! Afinal, carnaval é isso: uma grande brincadeira. E ninguém precisa se preocupar com o ridículo, aliás o ridículo é muito bem-vindo!!!!
Déborah Duarte de Azevedo é da tribo dos que não gostam das festas de carnaval. Quando era pequena ela até se fantasiava, ou quem sabe, fantasiavam ela? E ela é quase unanimidade na sua casa porque seu pai também não gosta. Em compensação, sua mãe é da turma dos que gostam muito das folias de Momo. Então, a mãe participa dos blocos perto de casa com as amigas e vizinhas, enquanto Déborah fica com o pai. Uma lição de democracia e respeito em pleno Carnaval!!!!
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