Dia a Dia

Será que é orgânico mesmo?

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Não é só no preço que se descobre a diferença

Cada vez mais procurados, os alimentos orgânicos, ainda produzidos em pequena escala no Brasil, têm preços elevados. Mas, não pague mais apenas porque na embalagem estão escritas as palavras mágicas “Produto Orgânico”, “Produto Natural”, “Ecológico” ou qualquer adjetivo desse tipo. O consumidor deve exigir mais garantias de que está levando um produto plantado, manuseado e processado diferentemente do alimento convencional.

Nos alimentos orgânicos são usados adubos naturais, de origem animal ou vegetal, enquanto os produtos convencionais são produzidos com fertilizantes químicos e agrotóxicos, que, com o tempo, trazem danos ao meio ambiente e à saúde, pois, apesar da higienização, certos pesticidas penetram nos alimentos e não saem completamente com a água. Outra vantagem é que os orgânicos podem conservar melhor as propriedades nutricionais, como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas e as características originais como aroma, cor e sabor.

É importante, no entanto, não confundir algumas nomenclaturas: alimento integral nem sempre é orgânico; Hidropônico não é orgânico, muito menos alimentos transgênicos!

Garantias para o consumidor

Mas como garantir ao consumidor que no cultivo do produto foram obedecidos os princípios fundamentais da agricultura orgânica?

Já que não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo para saber se o que colocamos na nossa mesa foi produzido com altas doses de aditivos químicos, ou não, o jeito é transferir para as empresas certificadoras a tarefa de orientar, acompanhar e fiscalizar a produção, apondo seu selo de certificação nas embalagens e rótulos dos produtos orgânicos por elas fiscalizados.

A essas empresas cabe o papel de manter visitas regulares às propriedades agrícolas para verificar o cumprimento das normas da agricultura orgânica. Existe um contrato obrigando as duas partes: um lado cumpre as normas estabelecidas pela certificadora, o outro inspeciona e certifica. Alguns desses selos têm aceitação internacional, permitindo a exportação dos nossos produtos.

A ausência de agrotóxicos e de aditivos químicos, em geral, e a diminuição dos riscos de contaminação dos alimentos com pesticidas não são os únicos benefícios dos alimentos orgânicos. Existem outros compromissos na agricultura orgânica que mostram o cuidado com a natureza e com o homem. A produção orgânica obedece normas rígidas que exigem cuidados com a conservação e preservação dos recursos naturais e condições adequadas de trabalho humano.

Com o crescimento da preocupação ambiental, o governo federal começa a estimular a agricultura orgânica. Entre as medidas previstas está a padronização nacional das normas de produção orgânica. Hoje, essas normas variam de acordo com as exigências de cada certificadora.

O governo espera com isso aumentar o volume de produtos orgânicos, baixar seus preços e, ainda, promover entre os pequenos agricultores que queiram agregar valor aos seus produtos a cultura de preservação do meio ambiente.  A partir de 2010, uma série de normas técnicas deve orientar os mais de 15 mil produtores de alimentos orgânicos no País. Também vai exigir que as mercadorias certificadas tragam na embalagem informações detalhadas sobre a qualidade dos alimentos.

Mas, por enquanto, a melhor forma de não se deixar enganar é comprando os produtos com um dos vários selos de certificação existentes. 

 



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