Dia a Dia

Grafologia

O que sua letra diz sobre você?

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Mais um quesito na seleção profissional

Cena 01: João da Silva faz a barba, coloca a melhor roupa, o melhor sapato e vai se candidatar a uma vaga nos quadros de funcionários de uma grande empresa, em São Paulo. No envelope, ele leva o currículo, digitado, contendo todos os dados da sua extensa formação: cursos de inglês, de espanhol e também superior concluído, com pós-graduação.

Cena 02: A psicóloga, responsável pelo setor de RH, depois de analisar todos os documentos, pede a João que faça um teste psicotécnico e, além dele,  solicita, ainda, que o candidato escreva uma redação com letra corrente.

João vem apresentando todos os requisitos para ocupar a vaga. Foi bem em todas as fases, além de ter um texto encadeado, lógico e uma ortografia impecável, mas sua escrita agora vai ser avaliada e, segundo alguns especialistas, indicar dados sobre sua personalidade. Qual será a real chance de João conquistar a vaga? O que a letra pode revelar sobre uma pessoa?

A letra pode revelar muitas características pessoais. Pode-se observar traços de personalidade, caráter, capacidade de integração, forma que se relaciona com as pessoas, controle emocional, agressividade, iniciativa, capacidade de tomar decisão, liderança, capacidade de atenção, observação, inteligência. Também é possível observar traços de insinceridade, mentira, propensão a roubo, brutalidade entre outros...”, afirma a professora da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul, ABRH-RS, Lúcia Leal.

O resgate de uma antiga metodologia

Do grego graphos = escrita + logos = estudo, a origem da grafologia pode remontar aos antigos chineses, para alguns, ou a Aristóteles, para outros. Mas foi pelas mãos do italiano Camilo Baldo, médico e professor da Universidade de Bolonha, que em 1622 foi estabelecida uma primeira normatização sobre o assunto.

No final do século XIX, surgiu o estudo mais científico da grafologia, quando o abade francês, Jean-Hippolyte Michon, criou, então, o termo, utilizado até hoje, para nomear a “metodologia utilizada para inferir atributos psicológicos, sociais, ocupacionais e médicos, de uma pessoa, a partir da configuração de suas letras, linhas e parágrafos”.

Com aplicação nas áreas psicológica e terapêutica, empresarial, educacional e judicial em todo o mundo, a grafologia, no Brasil, vem sendo muito requisitada na área empresarial, mais especificamente na seleção de profissionais para o mercado de trabalho. De que maneira ela pode auxiliar uma empresa a contratar funcionários?

Uma letra não é igual à outra, assim como as pessoas. Por meio de nossa letra mostramos muito de nosso jeito de ser, características de personalidade e de caráter. A Grafologia é uma ferramenta capaz de traçar o perfil comportamental de uma pessoa no campo intelectivo, trabalho, relacionamento e em estado de estresse. Uma empresa que necessite contratar um profissional também tem um perfil para esta vaga. A grafologia ajuda na seleção e escolha do melhor profissional para tal vaga. É realizado um cruzamento do perfil da pessoa com o da vaga. Aquele que mais se aproximar do perfil da vaga será o candidato selecionado”,  responde a professora Lúcia Leal. E continua...

“A Grafologia é uma ferramenta dentro de um processo seletivo. O candidato pode não evoluir em um processo por não possuir o perfil da vaga que está concorrendo. A grafologia nos ajuda nessa escolha”.

Opinião um pouco parecida tem Roberta Aguiar, Gerente de Rh do Hospital do Rio:

“Eu acredito que tanto a Grafologia, como todos os testes de personalidade, sejam mais um instrumento na hora de um processo seletivo. Fazem parte de um contexto e nunca devem descartar as outras etapas do processo. Acho interessante que a Grafologia seja utilizada logo no primeiro contato com o candidato, pois isso dará mais subsídios para uma entrevista comportamental. A letra diz algumas características da personalidade da pessoa  e pode nos ajudar a entender algumas questões ligadas ao candidato. Na minha opinião, nenhum teste seja ele qual for, deve ser o único instrumento num processo seletivo e nem o instrumento de indicação ou contra indicação de um candidato”.

Vários são os aspectos analisados: a ordem, as margens, o tamanho da letra, sua inclinação, a direção das linhas, a rapidez, a forma. Para citar um único exemplo, se o candidato possuir, na letra “T”, uma haste muito alta, isso pode revelar uma pessoa muito vaidosa, que se considera melhor do que as outras.

Quando indagada se isso não poderia ser visto como uma forma de discriminação, a professora da ABRH-RS, argumentou: “Não, porque cada vaga tem suas características técnicas e comportamentais (perfil). Se uma pessoa apresenta experiência na função e condições técnicas, mas suas características de personalidade e comportamentais não estão adequadas para a cultura daquela empresa essa pessoa pode não ser indicada para a vaga. Poderá ter o perfil para outra empresa com uma cultura diferente. Costumo dizer que, assim como as pessoas, as empresas também têm seu jeito e o processo seletivo busca pessoas que se adequem ao “jeito” da empresa ou do setor. Isso não é discriminação”.

Com mais essa novidade no mercado, é bom ficar de olho, também, nos mandamentos da grafologia...



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