Dia a Dia

É uma crítica ou uma ofensa?

Uma confusão pouco saudável

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Tantas vezes nos deixamos levar pelas emoções e transformamos uma conversa, que podia ser produtiva, em um ataque verbal. Uma palavra, uma reação ou um gesto do outro pode nos fazer sentir menores ou ameaçados, provocar ressentimentos e lembranças ruins e arrancar de nós palavras duras e impensadas, das quais nos arrependemos depois.

Isso é mais comum do que se pensa. Acontece com frequência em família, no trabalho, nas relações sociais, nem sempre tão sociáveis.... Quando nos tornamos  ofensivos, qualquer objetivo de reflexão e de sensibilizar o outro é afastado, pois cria feridas e resistências.

Palavras ditas por um coração machucado ganham força física e podem equivaler a bofetadas. De repente a conversa se perde em descaminhos e, como agressão gera mais agressão, ninguém sabe mais onde queria chegar e do que estava falando. Daí, passado, presente e futuro se atropelam com cobranças mútuas e exageradas.

Assim se transformam muitos “diálogos” em família. Terminam sem vencedores. Pais irritando filhos, adolescentes acusando pais, casais se ofendendo,  por conta de uma conversa que podia ser proveitosa. 

Como evitar confrontos emocionais

Falar o que quer e como quer, sem medir as palavras e a forma de dizê-las é o primeiro passo para uma conversa não dar certo. Dar vazão ao próprio destempero emocional só demonstra falta de maturidade e não leva o outro a pensar e a crescer.

Criticar não significa ofender. A ofensa está sempre carregada de emoção, enquanto a crítica é objetiva, racional e fundamentada. É cautelosa pela sua própria natureza que exige análise e ponderação, por isso tem autoridade. Já a ofensa nasce de um coração prepotente ou acuado, autoritário ou descompensado, invejoso ou ressentido e transforma em torpedos as palavras, atropelando a razão. Altera o tom da voz, o sorriso e o olhar de quem agride.

Não faltam sinais avisando quando um confronto emocional ameaça surgir. Antes que a tempestade desabe, o melhor é evitar a tentação de revidar os ataques. Não se deixe levar pelo impulso e pelas emoções do momento, para não perder o foco da conversa. Isso não é sinal de fraqueza. Ao contrário, é sinal de equilíbrio emocional.

Escolha a hora mais adequada para abordar assuntos delicados. Criticar, por exemplo,  um filho na frente dos amigos ou fazer cobranças na hora da refeição familiar provoca resistência e animosidade. Há conversas que exigem privacidade, preparação e serenidade principalmente da parte de quem vai abordar o assunto.

Não faça ameaças. É mais produtivo mostrar as possíveis consequências que o comportamento do outro está gerando ou pode gerar.

Saiba ouvir e tenha abertura para facilitar o diálogo e o entendimento. “Pré-conceitos” só atrapalham. Tente entender o ponto de vista do outro. Assim, suas convicções podem ser fortalecidas ou até um pouco modificadas após as explicações e a fundamentação do outro, sem que isso abale sua autoridade.

Como em toda conversa, regras de convivência precisam ser respeitadas, independente da hierarquia ou da intimidade da relação: xingamentos, uso de palavras grosseiras e agressões físicas estão fora do mundo das pessoas civilizadas e que buscam o entendimento.

O autoconhecimento é de grande valia para evitar situações de descontrole e de arrependimento. À medida que conhecemos nossas fraquezas, limitações e até estresse, deixamos de projetar no outro nossas inseguranças e de achar que qualquer comentário dos outros é pessoal.



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