Dia a Dia

Ainda na casa dos pais

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Durante décadas, a faculdade significava um rito de passagem da juventude nos Estados Unidos. Aos 18 anos, o jovem deixava a casa dos pais, se mudava de cidade e, desde então, seguia a sua vida. Mesmo na faculdade, já entrava no mercado de trabalho e, assim, pagava suas contas e mantinha a sua própria casa, ou o seu lugarzinho no dormitório.
 
Essa realidade, porém, vem mudando nos últimos anos. Desde a crise financeira de 2008, ficou mais difícil para os jovens norte-americanos ingressarem no mercado de trabalho. Em consequência, em 2008, 32% dos norte-americanos entre 18 e 31 anos viviam na casa dos pais, segundo recente pesquisa realizada pelo governo dos Estados Unidos.
 
O mais curioso é que, nos últimos três anos, esses números vêm sofrendo uma ligeira alta, chegando aos 36% dos jovens, embora os níveis de desemprego estejam caindo nos Estados Unidos. Segundo o estudo do norte-americano, três fatores podem estar influenciando a juventude do país: queda no nível de empregos, aumento no número de jovens na faculdade e a queda no número de casamentos. 
 
Famílias liberais inibem saída
 
Essa mudança de comportamento não está acontecendo apenas nos Estados Unidos. Números recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que o jovem brasileiro também vem adiando a saída da casa dos pais. Nos últimos 10 anos, houve aumento de 20,5% para 24,3% no número de jovens entre 24 e 34 anos que ainda vivem com a família. Assim como nos Estados Unidos, a maioria desses jovens é de homens, com uma escolaridade maior do que a média do País.
 
Entretanto, no Brasil, a crise financeira internacional está longe de ser o verdadeiro motivador para tal fenômeno.

Em geral, o jovem que opta por continuar na casa dos pais tem uma relação mais livre com a família, podendo levar amigos e namorados para a sua casa. Além disso, a permanência significa manter o padrão de vida que sempre desfrutou, com luxos como roupa lavada e passada, comida na mesa e casa limpa.


Com tantos benefícios, o jovem brasileiro também vem aproveitando a casa dos pais para investir mais na sua formação profissional. Sem precisar gastar com a manutenção da casa, esses jovens vêm usando o dinheiro que sobra para garantir um currículo mais atraente, item importante em um mercado de trabalho cada vez mais concorrido.

 



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