Convivendo com a Diferença

Na contramão do mundo livre

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Assolado por epidemias, guerras, crises financeiras e pela fome, a África é um continente socialmente doente. Habitado por sociedades conservadoras, extremistas religiosos e políticos oportunistas, o continente africano é preconceituoso quando o assunto é o homossexualismo. Ironicamente, esse é o mesmo povo que sofre há séculos com os absurdos do preconceito racial.

Enquanto na Europa e nas Américas, 17 países já permitem o casamento de parceiros do mesmo sexo, na África, as leis estão se tornando cada vez mais rigorosas para punir os homossexuais.


Uma das principais forças econômicas do continente, a Nigéria aprovou, em janeiro de 2014, uma lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a defesa dos direitos LGBT e a propaganda de relacionamentos homossexuais, com direito a prisão aos transgressores. 
 
Em outros países africanos, a situação dos homossexuais é ainda pior. Em Uganda, desde 2013, casais do mesmo sexo podem ser punidos com a prisão perpétua, enquanto em países como Somália, Mauritânia e Sudão os homossexuais correm o risco de irem à pena de morte. Espancamentos, prisões e mortes de homossexuais também são comuns nos países africanos, sempre sob os olhares passivos da população local.
 
Rejeição por parte da sociedade
 
O mais preocupante é que essa rejeição parte da própria sociedade africana. Segundo pesquisa do Pew Research Center, no Quênia, Uganda, Gana, Senegal e Nigéria, mais de 90% da população considera que a sociedade não deve aceitar a homossexualidade, enquanto na África do Sul, país mais desenvolvido do continente, esse número chega a 61%, o que ainda é muito alto.
 
Além da agressão física e moral, a homofobia africana também agrava um mal que vem dizimando sua população nos últimos 30 anos: a Aids. Embora o continente concentre 70% dos diagnósticos da doença no mundo, segundo a ONU, os grupos de risco evitam frequentar os postos de saúde e os programas de prevenção da doença pois têm medo de serem presos por sua condição sexual, já que o homossexualismo é crime em muitos países. 
 
O preconceito é um dos piores crimes que a humanidade pode cometer, seja ele racial, ideológico ou sexual. No caso da África, os séculos de miséria, fome e subjugação tornam a ignorância social até compreensível, mas nunca admissível. O respeito ao próximo é um dos pilares de uma sociedade saudável e deve ser sempre defendido, pelo bem da nação e da humanidade.
 
 



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