Convivendo com a Diferença

Filhos de imigrantes recebem o Nobel

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A vida de uma pessoa que mora fora do seu país de origem nem sempre é fácil. A busca por uma vida melhor, por vezes, acaba esbarrando em discriminação e saudade, que tornam ainda mais difíceis o desenvolvimento dessas pessoas na nova sociedade. O resultado é que muitos desistem e outros acabam se resignando em uma vida sofrida que, muitas vezes, ainda é melhor do que na sua terra natal.

Não em Nova York.

Conhecida como o coração do mundo, a Big Apple tem entre suas escolas, uma que já é conhecida como a verdadeira fábrica de vencedores de Prêmio Nobel. E bem no coração de um bairro de imigrantes, o Bronx!


Escola pública, a Bronx Science High School já formou oito cientistas que receberam o Prêmio Nobel. O último foi Robert Lefkowitz, filho de imigrantes poloneses que, em 2012, recebeu o Nobel de Química por mapear uma família de receptores e mostrar como as células do corpo reagem a seus estímulos.

O mérito da Bronx Science está em implantar entre os alunos os prazeres do mundo científico. O lema da escola é "Perguntar, Descobrir e Criar", no intuito de inspirar os alunos a desenvolverem o senso crítico e buscar as respostas para as suas dúvidas. Além dos oito Prêmios Nobel, os alunos da Bronx Science também colecionam seis prêmios Pulitzer, considerado o Nobel do jornalismo.

Inventor incentiva crianças em Boston

E as esperanças de um novo prêmio Nobel para um imigrante nos Estados Unidos aumentam a cada ano. Além da Bronx Science, em Nova York, a região de Boston vem apostando no programa "Prêmios Nobel Visitam Escolas". Comandado pelo Dr. Edward Shapiro, o programa já levou cerca de 200 ganhadores de prêmios Nobel a escolas públicas nos arredores de Boston, onde há uma grande proporção de famílias de imigrantes.

Assim, como na Bronx Science, o programa do Dr. Shapiro tem como base desenvolver o gosto pelas ciências entre os alunos de ensino médio e fundamental. Imigrante da Rússia, Shapiro sabe que crianças de famílias imigrantes apresentam forte estímulo por estudar freneticamente e trabalhar duro, ou seja, possíveis inventores e pesquisadores.

Não à toa, os Estados Unidos apresentam as maiores taxas de invenções e patentes do planeta. A cada ano, são quase 50 mil patentes pedidas, muito acima de Japão e Alemanha, segundo e terceiro colocados no ranking de patentes. Por outro lado, o Brasil, que nunca teve um prêmio Nobel, apresentou pouco mais de 570 pedidos de patentes em 2011. Nada de se espantar. Afinal, a educação no País ainda é, lamentavelmente, mal tratada pelos políticos brasileiros.
 

 



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