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Como judeus e cristãos festejam a Páscoa?

Tempo de Vida Nova!

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As páscoas judaica e cristã se aproximam. Na história desses povos, é hora de festa para celebrar a conquista de um novo tempo. As comemorações, que atravessaram séculos, foram se modernizando e simplificando numa adaptação ao mundo corrido e mais prático de hoje, mas ainda assim preservam os principais símbolos das datas nas suas festas.

A festa dos judeus

A páscoa judaica (Pesach) foi instituída na época de Moisés, para agradecer a Deus a libertação do povo de Israel escravizado no Egito. Sua celebração ocorre de acordo com o calendário judaico (163 dias antes do início do ano judaico), correspondendo, este ano, aos dias 23 e 24 de abril.

Ela é marcada sobretudo pela refeição (Seder) pascal, que é feita em família e se compõe de iguarias que rememoram e simbolizam os momentos da libertação. No jantar, o cordeiro assado lembra a imolação do cordeiro de outrora que,  junto com pães sem fermento (pão ázimo) e ervas amargas, serviram de alimento ao povo hebreu, na saída do Egito.

Instruído por Deus, Moisés orientou aos israelitas a usarem o sangue do mesmo cordeiro que os alimentaria para marcar as ombreiras das portas de suas casas, de modo que fossem poupados quando o anjo do Senhor passasse, ferindo todos os primogênitos do Egito, tanto dos homens quanto dos animais, como forma de desestimular o faraó a manter o povo hebreu cativo.

O pão ázimo relembra a falta de tempo para  fermentar a massa do pão na saída apressada e as ervas amargas simbolizam a vida de amargura que os israelitas viveram  nos 430 anos de permanência em terra egípcia. Fazem parte ainda da mesa pascal judaica, ervas doces e molho doce, recordando às famílias que a servidão se tornou doçura, graças à salvação. 

No dia anterior à celebração faz-se uma profunda limpeza da casa, procurando não deixar nada fermentado, para ensinar às novas gerações que só é permitido comer pães ázimos, conforme a prescrição do livro do Êxodo.

Assim, a páscoa judaica reafirma a identidade deste povo, celebra a vitória sobre o sofrimento e anuncia uma nova vida de liberdade e de esperança na terra prometida.

A festa dos cristãos

Celebrada sempre num domingo entre 22 de março e 25 de abril,  a razão da páscoa cristã, que este ano será festejada no próximo dia 16,  é a ressurreição de Cristo, o filho de Deus, que se fez homem e habitou entre os homens.

Ao ser preso e acusado pelos doutores da lei por se denominar filho de Deus, Jesus Cristo é crucificado e morto. Como o próprio Jesus antecipou, sua ressurreição acontece três dias após sua morte, confirmando a promessa de vida após a morte. Para os cristãos, a páscoa é a festa da esperança na vida eterna.

A privação de carne de animal e de ave durante a sexta-feira da Paixão de Cristo serve para recordar aos cristãos que o  próprio Deus se tornou o cordeiro imolado para libertar seu povo de seus pecados e lhe permitir, assim, a vida eterna.

Fora esta restrição alimentar, que antecede a páscoa, os cristãos comemoram o dia com o almoço em família, servindo os pratos de sua predileção e presenteando os entes queridos e as crianças com ovos de páscoa. 

Os cristãos primitivos foram os primeiros a dar ovos coloridos para simbolizar  a ressurreição, como início de uma nova vida. Os ovos não eram comestíveis como hoje. Eram ocos e decorados com figuras religiosas. Agora, fazem a alegria da garotada e da indústria do chocolate.

Tanto para judeus quanto para cristãos, a páscoa é uma data marcante porque tem em comum a vitória sobre a dor e reativam a esperança por uma vida melhor. Em tempos tão atribulados, individualistas e de mitos passageiros, ambas ensejam a união e o encontro familiar, seja pela fé ou pela tradição.



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