No último mês de julho, a Argentina deu um importante passo em direção à ampliação dos direitos civis ao aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O país é o primeiro na América Latina a legalizar a união homossexual, e embora a repercussão tenha sido positiva no mundo, o debate foi polêmico até o encerramento da votação, cujo processo durou cerca de 14 horas.
Por fim, na madrugada do dia 15, a lei foi aprovada com 33 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções, com pressão intensiva da igreja católica nos veículos de comunicação e em frente ao Congresso. Manifestantes a favor da união também compareceram e chegaram a acontecer princípios de confusão antes e após o resultado final.
Até o momento da decisão, apenas dois países latinoamericanos reconheciam as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo: Colômbia e Uruguai. Além deles, o casamento também é permitido na Cidade do México. Antes da oficialização, era permitido que casais homossexuais celebrassem a união caso tivessem decisões judiciais favoráveis e individuais para cada caso específico.
Após a aprovação, a presidente Cristina Kirchner celebrou a decisão e considerou-a "um marco", "um passo importante na expansão dos direitos civis".Veja um vídeo aqui.
Mais de 250 casamentos já foram oficializados desde o “sim”. A maioria deles concentra-se em Buenos Aires, Mendoza e Córdoba, e inclui casais que já moravam juntos e decidiram formalizar a união. Estima-se que em novembro e dezembro os números cresçam muito, já que são meses historicamente concorridos para casamentos.
Condomínio gay
O fato ganhou repercussão internacional e espera-se que até mesmo um aumento no número de turistas no país após este “aceno” contra a discriminação. O mercado local também está aquecido para este nicho: um consórcio imobiliário (C y F Hábitat Gay) pretende construir o primeiro bairro exclusivo para gays na Argentina.
O anúncio, divulgado no site da empresa explica o lançamento: “para as pessoas do mesmo sexo que desejam viver o amor em casal, de forma transitória ou permanente, segundo suas preferências e direitos”. Mendoza deve ser a primeira cidade com o condomínio, que terá cerca de 100 casas, seguida por Córdoba e San Luis.
E aqui no Brasil? Será que ao menos teremos debate sobre o tema?
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