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Uber

Aplicativo é pivô de polêmica com os taxistas

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22/07/2015 · atualizado em 06/08/2015

Em abril, um juiz de São Paulo concedeu uma liminar suspendendo os serviços do Uber em todo o Brasil, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. A decisão foi em resposta a um recurso do Sindicato de Taxistas de São Paulo, o qual alega que o aplicativo promove a prestação de serviço de taxista sem autorização oficial. A liminar durou pouco tempo, não chegando a tirar o serviço do ar, mas trouxe ainda mais componentes para essa polêmica entre taxistas e o Uber.
 
Mas, o que é o Uber? Segundo os seus fundadores, os empresários norte-americanos Travis Kalanick e Garreta Camp, o Uber é uma empresa de tecnologia que oferece um aplicativo para celular em que conecta motoristas parceiros particulares a usuários. O Uber foi lançado em 2009 e está ativo em 57 países, tendo chegado ao Brasil em maio de 2014. Por aqui, ele está presente em quatro capitais, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
 
 

 
Sendo ou não uma empresa de transporte particular, a verdade é que o Uber concorre com os taxistas no transporte de passageiros nessas cidades. Através do aplicativo, o usuário faz o pedido de carro Uber, que o pega e o leva ao seu destino mediante a cobrança de uma taxa base de R$ 5, mais R$ 0,40 o minuto e R$ 2,42 por quilômetro rodado, no caso da categoria Uber Black, na cidade de São Paulo. 
 
Nada muito diferente de um serviço de taxi praticado nas grandes cidades do Brasil, certo? Mais ou menos.  No serviço Uber Black, mais difundido no Brasil, o transporte deve ser feito em carro de luxo, com climatização do ambiente e motoristas vestindo terno. Esses motoristas devem oferecer água aos passageiros e devem evitar conversas desnecessárias e apenas ligar o rádio se for desejo do passageiro. Tudo isso, por um valor que não difere muito do que é pago ao um taxi tradicional em uma corrida equivalente e com um serviço que, muitas vezes, deixa a desejar.
 
Direitos e deveres dos taxistas
 
A reclamação dos taxistas é  de que estes precisam de uma licença dada pelo poder municipal para trabalhar. Em geral, essa licença é paga e ainda exige outros pré-requisitos, como certidão criminal, cursos de direção defensiva, mecânica básica e primeiros-socorros. Entretanto, se têm custos, os profissionais também têm alguns benefícios, como descontos que podem chegar a 30% no valor do veículo e isenção de impostos, como ICMS e IPVA. Pelo fato da profissão ser reconhecida legalmente, existem diversos sindicatos de taxistas, que lutam pelos direitos dos profissionais e ainda oferecem diversos benefícios.
 
Os direitos e deveres dos taxistas não escondem, porém, uma evidência: o descontentamento da população nas principais cidades do mundo com a qualidade do serviço de transporte público prestado por taxistas. Afinal, o que levaria alguém a pagar a mais pelo mesmo tipo de atividade se não estivesse descontente com ela? 
 
O fato é que o que acontece atualmente com os taxistas já foi vivido por outros setores da economia, como as indústrias fonográfica e de filmes. Tal qual os taxistas, a primeira reação das gravadoras e dos estúdios de cinema foi lutar contra aqueles que estariam fazendo concorrência predatória, tentando tirá-los de circulação. Ambas as indústrias demoraram a entender que essa concorrência, na realidade, estava atendendo aos anseios de uma nova sociedade, tecnológica e mais exigente. Após muita luta, muitos serviços fechados e a pirataria ainda presente com força, entenderam o recado: precisavam adaptar o seu próprio negócio, pois a população não queria mais voltar ao sistema antigo. E foi assim que surgiram serviços como iTunes Music, Spotify, Apple Music, Deezer, Netflix e outros.

 



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