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Publicidade infantil

Controle brasileiro é um dos mais restritivos do mundo.

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10/11/2014

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é sempre muito aguardado pelos candidatos e, também, pelos professores que ajudam os alunos durante a preparação para a prova.



Neste ano especulou-se sobre diferentes assuntos, entre eles o vírus ebola, eleições e racionamento de água. No entanto, o tema da redação do ENEM 2014 sobre “publicidade infantil em questão no Brasil" surpreendeu os estudantes.

Faz tempo que as questões em torno da propaganda para crianças estão sendo discutidas por profissionais de diferentes áreas. Grupos de publicitários, pedagogos, sociólogos, médicos, jornalistas e psicológicos se dedicam ao estudo específico deste conteúdo com a finalidade de desenvolver regras que se adequem às características da infância.

Autorregulamentação

Desde março de 2013, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) adotou medidas severas em relação à publicidade infantil. O código brasileiro de autorregulamentação publicitária destaca que nenhum anúncio destinado às crianças pode ter apelo imperativo de consumo, isto é, “compre” ou “peça aos seus pais”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidos (IDEC), a vulnerabilidade da criança deve ser levada em consideração, uma vez que elas são mais impressionáveis ao marketing. Em linhas gerais, esta falta de consciência das crianças para o consumo é o que mais preocupa as autoridades.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidos (IDEC), a vulnerabilidade da criança deve ser levada em consideração, uma vez que elas são mais impressionáveis ao marketing.



Há um grupo de especialistas que analisa pontualmente como a obesidade infantil pode ser impulsionada pela publicidade. Segundo a campanha Somos todos responsáveis!, “os anunciantes e a publicidade precisam fazer a sua parte respeitando as regras e o estágio de desenvolvimento das crianças. Por outro lado, segundo especialistas em comportamento infantil, apesar das tentações, o papel da educação e o exemplo da família são fatores decisivos na batalha contra a obesidade.”

A seguir algumas regras da publicidade para crianças:

- É proibido o uso do imperativo, como “compre” ou “peça para seus pais”.

- Não pode conter conteúdos que desvalorizem a família, escola, vida saudável, proteção ambiental, ou que contenha algum tipo de preconceito racial, religioso ou social.

- Não pode desmerecer o papel dos pais e educadores como orientadores para se ter hábitos alimentares saudáveis.

- É proibido apresentar produtos que substituem as refeições.

- É proibido associar crianças e adolescentes a situações ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis.

A publicidade infantil deve ser proibida?

Podemos afirmar que são muitas as regras brasileiras em torno da propaganda para crianças, mas há grupos que defendem a proibição total, como ocorre na  Noruega e Suécia.

Esta atenção com a publicidade infantil está diretamente ligada às mudanças que a sociedade vem passando por causa da presença das mídias nas diversas dimensões da vida cotidiana. As autoridades brasileiras e os órgãos responsáveis estão conscientes destas transformações sociais e por isso, observam com critério as campanhas para o público infantil.

Assim, é de suma importância que uma avaliação como o ENEM trate deste tema, uma vez que ele é de interesse social. Perguntar o que os estudantes sabem sobre a publicidade infantil no Brasil contribui para a abertura e conhecimento de novas vertentes que futuramente podem ajudar nas definições de leis que abordam o assunto.



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