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Pesquisa avaliou o potencial de globalização das cidades.

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17/04/2014 · atualizado em 17/04/2014

No dicionário, a palavra globalização significa fenômeno ou a partilha de informações, de culturas e de mercados. Ao buscarmos outros desdobramentos para esta significação, verificamos que a globalização é um processo de integração mundial entre os países e pessoas.



Um ranking divulgado pela consultoria A.T. Kearney trouxe novas informações sobre o potencial de globalização de diferentes cidades. A pesquisa se concentrou em analisar as metrópoles de países emergentes com a finalidade de verificar as possibilidades que estas cidades têm para desenvolver ainda mais os seus mercados e, consequentemente, seu grau de globalização. 

O potencial para evoluir no nível de globalização foi identificado, principalmente, em 10 metrópoles. Para chegar a este resultado foram avaliados dez indicadores entre os três critérios: atividade empresarial, capital humano e inovação.

– A cidade de Jacarta, na Indonésia, ocupa o primeiro lugar do ranking, uma vez que alcançou a maior pontuação nas variáveis analisadas. Entre os problemas que ainda persistem na metrópole estão a poluição e a precariedade do transporte público.

– Manila, capital da Filipinas, também conseguiu atingir uma média interessante nos itens investigados. O fortalecimento do mercado interno e as oportunidades de empregos são algumas das qualidades desta metrópole.

– A capital da Etiópia, Adis Adeba, apresentou avanços promissores, apesar de não ser uma cidade estruturada.

– São Paulo, a cidade brasileira que é considerada a maior metrópole da América do Sul, tem a atividade empresarial como base do seu crescimento. No entanto, os problemas em torno da segurança pública interferem no avanço mais efetivo.

– Nova Delhi, na Índia, aparece em quinto lugar na lista. Para os consultores da A.T. Kearney, a corrupção no país é o que atrapalha a expansão global indiana. Os pontos positivos estão centralizados na receptividade para inovar e na educação, visto que investem no intercâmbio enviando alunos para estudar nas mais renomadas e reconhecidas universidades do mundo.

Para Milton Santos (2010), pesquisador brasileiro que se dedicou ao estudo da temática, a globalização se torna muitas vezes perversa.



– Rio de Janeiro, a metrópole do Brasil conhecida pelas suas belezas naturais, progrediu no aspecto que avaliou a qualidade de vida da população. Por outro lado, a segurança e a precariedade da educação do transporte público permanecem.

– A capital da Colômbia, Bogotá, aparece em sétimo lugar. Para A.T. Kearney, a solução dos impasses com a Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) contribuiu para o aparecimento da cidade no ranking.

– Mumbai, na Índia, evoluiu bastante depois que abriu o setor de serviços para a economia global.

– Nairobi, principal centro financeiro do Quênia, se apoia na aparente estabilidade da África e no crescimento da classe C, de acordo com os consultores da A.T. Kearney, para se desenvolver globalmente.

10º – Kuala Lampur, capital da Malásia, encerra a lista das cidades emergentes que têm maior potencial de globalização. 

As dez cidades relacionadas foram classificadas com base no tempo que levariam para chegar a líderes globais. Além disso, é importante destacar que a consultoria A.T. Kearney identificou que as cidades Jacarta, Rio de Janeiro e Mumbai foram as que mais evoluíram nos últimos anos.

Globalização Perversa

Para Milton Santos (2010), pesquisador brasileiro que se dedicou ao estudo da temática, a globalização se torna muitas vezes perversa. O desemprego, o desfavorecimento de exportações, a falta de crédito nos mercados e os massivos discursos midiáticos são exemplos desta perversidade que atinge os países e as pessoas.

Segundo o autor (1996, p. 32), "o espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo senão como metáfora. Todos os lugares são mundiais, mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza mesmo são as pessoas."

Referência

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. 19ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 1996.



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